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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cinema



As primeiras amostras do que veio a se chamar de Cinema surgiram em 1895. Nesse ano os irmãos franceses Auguste e Louis Lumiére inventaram o cinematógrafo, aparelho inspirado na engrenagem de uma máquina de costura, o qual tirava fotos sequenciais dando a impressão de movimento. Nesses pouco mais de um século, o Cinema sofreu várias mudanças, principalmente tecnologicamente. Mas, quando se fala em emocionar multidões, ele permanece o mesmo.
Considerada a 7ª Arte, o Cinema é uma das coisas que, até hoje, inspira e emociona o mundo todo. Através de uma sequência de imagens, temas envolventes e roteiros surpreendentes, o Cinema é capaz de causar suspiros, de provocar lágrimas, de causar raiva, angústia e sorrisos. São sentimentos variados e misturados que quando integrados aos personagens, nos faz entrar na trama.
Uma trama bem elaborada nos faz adentrar na história, nos tornamos os personagens, discutimos os conflitos de cada personagem. Algumas histórias são tão inspiradoras que pode levar qualquer um a questionar sua própria existência, podendo até, quiçá, nos fazer questionar nossa vida e buscar mudanças para a mesma.
Sei que pode parecer exagero, mas todo cinéfilo sabe do que estou falando. Devo exemplificar-lhes esse sentimento com uma bela produção nacional: o filme "Lisbela e o prisioneiro".




O filme conta a história de Lisbela, uma moça do interior, apaixonada por cinema e que vive suspirando com os galãs dos filmes românticos que assiste. No entanto, dentre as várias qualidades que o filme possui, eu cito o mesmo devido à descrição, a mais bela e perfeita que já vi, que a mocinha da história faz de cinema.
A história começa dentro de uma sala de cinema, onde ela foi com o seu noivo (Douglas). Após escolher o lugar certo para assistir ao filme, quando o filme está prestes a começar, ela diz:

"Eu adoro essa parte. A luz vai se apagando devagarzinho. O mundo lá fora vai se apagando devagarzinho. Os olhos da gente vão se abrindo, e daqui a pouco agente nem vai se lembrar que tá aqui."

Em seguida, após descrever as características do filme que vão assistir e de seu noivo perguntar qual a graça de se assistir a um filme o qual ela já sabia como era a história, ela diz:

"A graça não é saber o que acontece. É saber como acontece e quando acontece. Agente vai conhecer um monte de pessoas novas, um monte de problemas que agente não pode resolver, que só eles podem. E vamo ver quando e como."

Nesse momento a câmera faz um close nos olhos dela que brilham de emoção, pois o filme "Está começando."








É nisso em que consiste a beleza do Cinema. É o envolver-se com a história, fazer parte dela. Alguns filmes são tão intensos que nos fazem questionar profundamente. Todos aqueles, não os que apenas gostam de assistir a filmes, mas aqueles que são cinéfilos apenas por sentir, por ter prazer em desvendar seus mistérios, sabe o que "Lisbela" e eu queremos dizer.
"Lisbela e o prisioneiro" é um filme simples, mas é a sua simplicidade que coexiste toda sua beleza. É na simplicidade das palavras de Lisbela que encontramos toda a beleza do Cinema.
O Cinema é uma arte prima. Ela pode até ser considerada a sétima, mas para mim ela é a primeira. É uma das minhas grandes paixões. Adoro me envolver com a história, caracterizar os filmes, desvendar seus mistérios, criticá-los e discuti-los.
Não há nada mais envolvente do que a fotografia e a trilha sonora de um filme. Eles são os responsáveis por te jogar dentro da história, dos personagens. Por fazer você passar dias cantarolando os temas dos personagens e lembrando cada cena. Assim é para mim o Cinema. A mais bela de todas as artes.

Hoje optei por mudar um pouco o rumo das últimas postagens. Não pretendo deixar de discutir sobre educação, pois é uma das minhas paixões. Porém, não posso esquecer que criei esse blog com intuito de falar dos mais variados temas, até mesmo de paixões como a que acabei de falar.
Espero que também tenham gostado do tema de hoje e que tenham sentido a mesma emoção que eu senti ao escrever.
Deixo como dica de filme o "Lisbela e o prisioneiro", com a forte esperança que todos sintam a mesma emoção que eu senti ao assisti-lo.




Tenham uma ótima semana e... Bom filme!
Fontes:

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"Lisbela e o prisioneiro"

Sinopse: Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e que vive sonhando com os galãs de Holywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador que, em meio a uma de suas muitas aventuras, chega à cidade de Lisbela. Ao se conhecerem, eles logo se apaixonam, mas tem um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e a muitos problemas familiares que a paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Léleu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).

Ficha Técnica:
Direção: Guel Arraes
Elenco: Selton Mello, Debora Falabella, Marco Nanini, Virginia Cavendish, Bruno Garcia, Tadeu Melo, André Matos e Lívia Falcão.
Lançamento: 2003 (Brasil)
Genero: Comédia Romântica




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