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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Inclusão Social



Atualmente temos nos deparado com várias discussões e reportagens sobre a Inclusão Social. Mas o que seria essa Inclusão Social?

Nas próximas postagens falarei um pouco sobre a Inclusão Social, explicando o que é, como deve ser e um pouco das leis que asseguram o direito das pessoas portadoras de necessidades especiais. Hoje falarei sobre como as escolas devem se preparar para receber esses alunos especiais. É fundamental a interação de todos que fazem parte da escola (pais, alunos, professores e funcionários do setor administrativo) para o melhor desenvolvimento desses alunos e seu aprendizado. Para que a inclusão seja real é necessário que todos estejam envolvidos nesse trabalho.
A escola que ensina a todos

Flexibilizar o espaço, o tempo, os recursos e o conteúdo é o caminho para a aprendizagem

Ao longo da história da Educação, as escolas trataram as crianças com deficiência como incapazes, necessitando de tratamento médico, não de ensino. Essa perspectiva começou a mudar a partir de 1948, com a Declaração Universal de Direitos Humanos, que garantiu o direito de todos à Educação. Demorou algumas décadas para, a partir dos anos 1990, a visão assistencialista ser deixada de lado e dar lugar ao conceito de inclusão, que ganhou um papel central em documentos internacionais, como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994).
Por muito tempo, vigoravam no Brasil políticas que segregavam os que tinham necessidades especiais ou condicionavam a participação deles em classes convencionais à capacidade de "acompanhar os alunos ditos normais", como cita a Política Nacional de Educação Especial de 1994. A ideia de que a escola precisava se adaptar às necessidades das crianças ficou clara somente com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, que define: todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola regular.
Contudo, para que o aluno aprenda, não basta que ele esteja matriculado. É primordial que a escola, as salas de aula e os profissionais que ali trabalham sejam preparados para que o ensino aconteça. "Quando a perspectiva ainda era a da segregação, o foco estava nas dificuldades das crianças. Os professores queriam checar o que elas não sabiam. Hoje se sabe que o primeiro passo é descobrir o que cada um conhece para criar situações de aprendizagem em que todos podem contribuir", explica a psicopedagoga Daniela Alonso, consultora da área de inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Dessa forma, a tendência é o desaparecimento das escolas e turmas especiais. Os profissionais e as instituições especializadas passam assim a dar apoio às escolas regulares, orientando gestores, coordenadores pedagógicos e professores nas adaptações no currículo, na aquisição de recursos didáticos específicos e na busca de parcerias externas.
Desde que os estudos sobre a psicogênese da língua escrita, como os da pesquisadora argentina Emilia Ferreiro, foram divulgados no Brasil, na década de 1980, há a clareza de que as crianças não aprendem no mesmo ritmo nem da mesma forma. Essa premissa - que vale para qualquer turma - é crucial quando se trabalha com crianças que têm necessidades especiais. O caminho apontado é o da flexibilização. "É preciso elaborar um plano educacional para cada estudante", recomenda Maria Teresa Mantoan, especialista em inclusão e professora da Universidade Estadual de Campinas. Existem vários tipos de flexibilização. Ela precisa acontecer na escola em quatro frentes principais:
- Espaço: Adaptar o ambiente para que todos tenham acesso às dependências escolares. Isso inclui, além das mudanças essenciais - como a construção de rampas e a instalação de elevadores -, a sinalização de degraus, vãos e obstáculos, a reorganização da sala de aula, a identificação em braile dos materiais para os deficientes visuais e o treinamento dos funcionários para que acompanhem os deficientes físicos na locomoção.
- Tempo: Determinar períodos maiores para que os estudantes com necessidades especiais realizem tarefas mais complexas, aprendam os conteúdos, entreguem trabalhos e façam provas. Os estudantes com perda auditiva, por exemplo, precisam de mais tempo para se alfabetizar.
- Conteúdo: Adequar o currículo, o projeto pedagógico e o planejamento das aulas. Com isso, os alunos têm a oportunidade de aprender cada um dentro das suas possibilidades. Alguém com síndrome de Down, por exemplo, talvez não consiga fazer cálculos complexos, mas pode aprender a fazer contas simples.
- Recursos: Buscar materiais didáticos e novas estratégias de ensino. O uso de recursos como ilustrações e modelos em 3D facilita não só a aprendizagem dos alunos com deficiência, como da turma toda.
Ao atuar nessas quatro frentes, os gestores tornam a escola melhor para os estudantes com necessidades especiais e para todos que ali estão para aprender. "Pensar nas diferenças implica fazer muitas e variadas intervenções. Os caminhos da inclusão para atender a diversidade costumam sempre beneficiar o coletivo e melhorar a qualidade do ensino", finaliza Daniela Alonso.

sábado, 31 de outubro de 2009


Como é o financiamento da educação no Brasil?



De onde vêm - e para onde vão - os recursos que sustentam as escolas? Quatro respostas fundamentais explicam as cifras da Educaçã


1. Quem paga a conta da Educação pública no Brasil?


"Financiamento da Educação? Ih, não sei nada sobre esse assunto!" Você já deve ter ouvido - ou até falado - algo parecido quando alguém traz o tema à tona. A reação é compreensível: inundados por uma infinidade de siglas, planilhas, fontes de recurso e complicadas regras de transferências orçamentárias, os educadores costumam evitar essa conversa. Não deveria ser assim: conhecer de onde vem e para onde vai o dinheiro da área tem tudo a ver com a qualidade do seu trabalho. Nesta reportagem, propomos quatro questões fundamentais para entender o tema. Mergulhe nas respostas e acompanhe como os recursos são aplicados na sua escola (leia o quadro abaixo). Você perceberá que, no fundo, o tema não é tão complicado assim.


Entre 2000 e 2007, último ano com dados disponíveis no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável pelo levantamento, a proporção de quem arca com os gastos tem se mantido mais ou menos inalterada: a União responde por cerca de 18% do total dos recursos da Educação, os estados e o Distrito Federal por 42% e os municípios pelos 40% restantes. O dinheiro que abastece a Educação deriva de duas fontes principais. A primeira, responsável por cerca de 20% do total de verbas, é o salário-educação, uma contribuição social feita pelas empresas ao governo com valor correspondente a 2,5% da folha de pagamento anual. Os outros 80% vêm dos impostos, que são convertidos em orçamento municipal, estadual ou federal. O passo seguinte, o repasse às escolas, é regulado pela Constituição brasileira por meio de uma regra pouco encontrada em outros países. É a chamada "vinculação de recursos", que determina um percentual mínimo do orçamento a ser investido em Educação. Para estados e municípios, esse valor é de 25%. Para a União, 18%. Mesmo com essa lei, de acordo com os dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), cinco estados (Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe) e pelo menos 165 municípios, a maioria de pequeno porte, investiram em 2008 um percentual inferior ao piso.



2. Qual o destino dos recursos arrecadados?
A resposta vai depender do critério adotado. Confira as possibilidades:


Tipo de despesa Nesse caso, a maior parte dos recursos (cerca de 60% do total) é consumida pelo pagamento de gestores, professores e funcionários. Outros 27% são destinados à manutenção e ao funcionamento das instituições de ensino, 6,6% para reformas e construções de novas escolas, 6% para os chamados encargos sociais (contribuições previdenciárias e trabalhistas) e apenas 0,4% na área de pesquisa e desenvolvimento.

Nível de ensino A Educação Básica abocanha a maior parte do bolo - 84,5%, sendo 64% para o Ensino Fundamental, 13% para o Ensino Médio e 7,5% para a Educação Infantil. O Ensino Superior fica com uma fatia de 15,5%, mas o gasto do governo com cada aluno de faculdade é, de longe, o mais elevado de todos os níveis de ensino: 12.322 reais anuais por cabeça, quase seis vezes mais do que o valor médio investido em um estudante das séries iniciais (2.166 reais). A diferença, que ainda é grande, vem caindo: em 2000, um universitário custava 11 vezes mais do que um aluno de 1ª a 4ª série.


180 reais Custo mensal de um aluno das séries iniciais.
60% Índice dos recursos da Educação usados para pagar professores, gestores e funcionários.
27% Parcela aplicada na manutenção das escolas.
6,6% Fatia destinada à construção e aos reparos das instalações.
0,4% Total investido na área de pesquisa em Educação.
Fonte: Inep/MEC. Dados de 2007


3. O país gasta o suficiente com o sistema de ensino?


As opiniões costumam se dividir. De um lado, ficam os que defendem que os recursos destinados à área são insuficientes - e que, se não houver incremento, será impossível vencer o desafio da qualidade do ensino. De outro, estão os que argumentam que o investimento já chegou a níveis suficientes - e o grande problema seria o gerenciamento adequado dessa verba. Na busca de pistas para a resposta, uma saída possível é comparar o investimento brasileiro com o de outros países. Na maioria desses confrontos, o Brasil sai perdendo, independentemente do critério adotado:

Gasto por aluno: Para esse cálculo, a base de comparação é o ano de 2006, usado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne as 30 nações mais desenvolvidas do mundo, em sua publicação Education at a Glance 2009 (algo como "Educação de Relance", sem edição no Brasil). Na pesquisa, o total anual gasto com cada estudante no Ensino Fundamental no Brasil foi o equivalente a apenas um quarto do valor dispendido pelos países da OCDE (respectivamente, 1.566 e 6.437 dólares PPP, medida que torna comparável o montante investido em cada país). Mesmo se considerarmos apenas a realidade nacional, o gasto público em Educação é pequeno. Em 2007, cada aluno do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série custou 2.166 reais. "Isso dá cerca de 180 reais por mês, um valor baixo em relação à mensalidade média de uma escola privada, que oscila na casa dos 500 reais. Mesmo que descontemos os eventuais lucros das instituições particulares, a comparação mostra que, com o montante gasto pelo governo, não dá para fazer milagre", diz Juca Gil, professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em políticas educacionais.

Porcentagem do PIB: Em 2006, 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foram destinados à Educação Básica, valor superior à média da OCDE (3,7%). Aparentemente, levamos vantagem, mas há um ponto importante a considerar: a maioria das nações do bloco gasta apenas na manutenção dos sistemas, enquanto no Brasil ainda é preciso ampliar a oferta e recuperar infraestrutura e salários. "Se quisermos mudar de patamar, precisamos investir mais", afirma Juca Gil. Quanto? Novamente, as comparações ajudam. Para sair de uma situação parecida com a nossa, a Coréia do Sul dedicou, durante uma década, 10% do PIB à Educação.

Gasto público social: Esse indicador considera os gastos governamentais no atendimento aos chamados direitos sociais: saúde, saneamento, habitação, previdência e, claro, Educação. Quanto maior o gasto da área, maior a importância relativa dela. No caso brasileiro, de cada 100 reais investidos em políticas sociais, 16 vão para a Educação. É um índice superior à média da OCDE (13%), mas menor que o de países latino-americanos, como o México (22%).


4. O Fundeb e o fim da DRU podem ser a solução?

Tanto o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) quanto o fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU) injetam mais dinheiro no orçamento da Educação e podem gerar melhorias, mas dificilmente trarão condições suficientes para concretizar uma mudança radical em pouco tempo. Vamos explicar as duas iniciativas para avaliar seu impacto:

Fundeb Instituído em 2007, o Fundeb, que em 2009 deve alçancar 81 bilhões de reais, é abastecido por uma porcentagem de diversos impostos. Cada estado tem o seu Fundo. Depois de recolhida, a verba é repartida com as redes municipais e estaduais conforme o número de matrículas, a etapa e a modalidade de ensino. O cálculo é feito com base em um valor por aluno, estabelecido segundo esses critérios. Como exemplo, em 2009, o valor mínimo anual para cada aluno das séries iniciais do Ensino Fundamental está previsto em 1.350 reais.

A maioria dos estados consegue atingir (e ultrapassar) esse patamar com sua própria arrecadação. Quem não chega lá, entretanto, recebe ajuda do governo Federal, que transfere um complemento para compor o piso. Em 2009, nove estados precisaram ser auxiliados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

A tentativa de atenuar as desigualdades regionais, a definição de um valor mínimo por aluno e o controle da aplicação dos recursos (algumas despesas, como a remuneração dos professores, têm percentuais mínimos obrigatórios, que não podem ser modificados por governadores e prefeitos) são os méritos do Fundeb. O que alguns especialistas argumentam é que o tamanho da ajuda ainda não é o suficiente. De fato, em 2007, primeiro ano de vigência do Fundo, o percentual do PIB investido em Educação subiu apenas 0,2%, algo como 6 bilhões de reais. "Esses valores não permitem diminuir as disparidades nas condições de oferta educacional pelo país", afirma a pesquisadora Rosana Evangelista da Cruz, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), autora de tese de doutorado sobre a participação federal no financiamento da Educação.

Fim da DRU Instituída em 1994, a DRU permite ao governo federal gastar livremente 20% dos recursos orçamentários de qualquer área. Tradicionalmente, setores como a Educação acabam perdendo dinheiro. Se a prática for de fato extinta, o Ministério da Educação (MEC) prevê que a pasta disponha de mais 9 bilhões de reais no orçamento, que no ano que vem deve atingir 53 bilhões de reais (30% a mais que neste ano). A novidade, porém, depende da aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) - em tramitação no Congresso -, que prevê uma redução gradual dos recursos que podem ser retirados (12,5% em 2009, 5% em 2010 e zero em 2011).


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/


Hoje volto a postar sobre a educação, as instituições de ensino, suas leis e projetos para melhor informá-los sobre o funcionamento dessa instituição. Dessa vez, quero mostrar como se dá o financiamento, como é utilizado o dinheiro que vai para as escolas públicas. Mantenha-se informado, participe da educação, pois é através dela que poderemos melhorar sempre.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Arqueologia Norte-rio-grandense


Fazendo um parêntese ao trabalho de divulgação dos planos e projetos educacionais, hoje pretendo mostrar um pouco do trabalho realizado durante a CIENTEC, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), nos dias 22, 23 e 24 de outubro de 2009.

O título do trabalho era “Arqueologia Norte-rio-grandense”. A arqueologia é a ciência que estuda a História a partir do estudo da cultura material dos povos antigos, ou seja, daquilo que fora produzido e deixado por esses povos.

O trabalho objetivava mostrar um pouco dos trabalhos realizados pela SONARQ nas regiões do Rio Grande do Norte e seus resultados, e desmistificar o trabalho do arqueólogo.

A SONARQ é a Sociedade norte-rio-grandense de Arqueologia, e realiza trabalhos arqueológicos nas regiões do Rio Grande do Norte junto ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Nesse trabalho mostramos:

Algumas das regiões onde foram realizados os trabalhos e onde foram encontrados alguns sítios arqueológicos e os tipos de ambientes onde o arqueólogo atua. No caso do Rio Grande do Norte, a mais comum encontrar sítios arqueológicos nas regiões de dunas.

Na foto abaixo há a demonstração de alguns artefatos encontrados no nosso estado, alguns deles são pedras lascadas e outros são pedaços de cerâmicas. Há até um pedaço de uma peça de cerâmica inglesa do século XIX, o que é possível afirmar devido a uma característica dessas peças desse período, que é a borda azul. A utilização da caneta é para dar uma dimensão do tamanho das peças encontradas. Os povos do tempo da pedra lascada tinham duas técnicas para lascar a pedra: numa, eles lascavam a pedra para a retirada de lascas, as quais eles utilizariam, até a rocha não ter mais serventia e ser abandonada; noutra eles lascam a pedra a fim de moldá-la, dando-lhe formas de instrumentos úteis para o seu uso.

Em seguida há exemplos de rochas (líticos) encontrados, demonstrando as características das mesmas. Essas são apenas para demonstração. São rochas encontradas fora do contexto, não há como afirmar que foram manuseadas pelo homem, pois foram encontradas em áreas urbanas. Esses líticos foram utilizados para mostrar características de um artefato, pois as que são encontradas nos sítios arqueológicos não podem ser retiradas de seu local, pois isso pode ocasionar na sua perda de sentido. Na foto a seguir há um quadro que primeiro mostra uma representação de uma fogueira que se for mexida não será mais identificada como uma fogueira, que depois é exemplificado com uma frase que se tiver suas letras embaralhadas perderá seu sentido, mesmo que forme outra frase com sentido, não será mais o mesmo sentido, podendo prejudicar o trabalho arqueológico.





Em seguida, exemplificamos uma estratigrafia. Quanto mais profundo se cava mais variações de cores na areia é encontrada, e quanto mais profundo, mais antigo é o artefato encontrado nessas escavações.

Na primeira etapa do trabalho realizado por um arqueólogo é feito uma pesquisa para melhor se conhecer o território a ser estudado antes de ir a campo. Então se faz um estudo quanto ao clima, à vegetação, à hidrografia, e ao possível local desses sítios, como na ilustração a baixo. Quando o arqueólogo chega a esses locais ele já tem uma idéia não do que vai encontrar, mas do que poderá ser encontrado.


Quando se vai a um sítio arqueológico, deve-se estar bem preparado. É preciso estar equipado de materiais que facilitem o seu trabalho, que evite possíveis acidentes e que ajudem no caso desses acontecerem. Dentre esses materiais devem-se levar GPS, bússola, kit primeiros socorros, mapas, pincéis, espátulas, água, bastante água, cadernetas para anotações e canetas. Além de estar vestido adequadamente para se proteger do sol, de picadas de insetos, de possíveis arranhões ao se passar por matas fechadas, deve-se utilizar sapatos fechados de preferência com o solado grosso para proteger de espinhos, camiseta e calça clara, já que a cor escura chama a atenção dos insetos, chapéus.


Dentre os vários métodos utilizados pelos arqueólogos há a quadrícula, um método de escavação para procurar artefatos arqueológicos. Essa quadrícula abaixo foi feita próximo ao stand para exemplificar essa técnica de escavação.


Ao fim de seu trabalho, o arqueólogo deve fazer um relatório final constando todas as observações e conclusões de seu trabalho. No trabalho mostramos alguns dos trabalhos realizados e seus resultados. Um desses exemplos foi o trabalho realizado na região onde foi construída a ponte Newton Navarro. No blog da SONARQ (http://sonarq-arqueologia.blogspot.com/2007/07/projeto-arqueolgico-ponte-de-natal.html) é possível ler esse relatório e conhecer seus resultados.

O resultado da exposição para nós foi positivo. Esperamos que tenhamos conseguido alcançar nosso objetivo, não só informando sobre os projetos realizados como também mostrando como é realizado o trabalho de arqueologia e sua importância, tanto aos que visitaram nosso stand como aos que leram essa postagem.

Para os que quiserem obter maiores informações sobre arqueologia e o trabalho realizado pela SONARQ é só acessar o blog www.sonarq-arqueologia.blogspot.com.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mantenha-se informado quanto ao funcionamento das instituições escolares



Participem do processo educativo nas escolas, seja você pai, professor ou aluno. O desenvolvimento da nossa educação depende da participação de todos.










O que é o Plano de Desenvolvimento da Educação?

Uma educação básica de qualidade. Essa é a prioridade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Investir na educação básica significa investir na educação profissional e na educação superior porque elas estão ligadas, direta ou indiretamente. Significa também envolver todos — pais, alunos, professores e gestores, em iniciativas que busquem o sucesso e a permanência do aluno na escola.

Com o PDE, o Ministério da Educação pretende mostrar à sociedade tudo o que se passa dentro e fora da escola e realizar uma grande prestação de contas. Se as iniciativas do MEC não chegarem à sala de aula para beneficiar a criança, não se conseguirá atingir a qualidade que se deseja para a educação brasileira. Por isso, é importante a participação de toda a sociedade no processo.

O Compromisso Todos pela Educação deu o impulso a essa ampla mobilização social. Outra medida adotada pelo governo federal é a criação de uma avaliação para crianças dos seis aos oito anos de idade. O objetivo é verificar a qualidade do processo de alfabetização dos alunos no momento em que ainda é possível corrigir distorções e salvar o futuro escolar da criança.

A alfabetização de jovens e adultos também receberá atenção especial. O Programa Brasil Alfabetizado, criado pelo MEC para atender os brasileiros com dificuldades de escrita e leitura ou que nunca freqüentaram uma escola, recebeu alterações para melhorar os resultados. Entre as mudanças estão a ampliação de turmas nas regiões do interior do país, onde reside a maior parte das pessoas sem escolaridade, e a produção de material didático específico para esse público. Hoje, há poucos livros produzidos em benefício do público adulto que está aprendendo a ler e a fazer cálculos.

A criação de um piso salarial nacional dos professores — mais de 50% desses profissionais ganham menos de R$ 800 por 40 horas de trabalho —; a ampliação do acesso dos educadores à universidade; a instalação de laboratórios de informática em escolas rurais; a realização da Olimpíada de Língua Portuguesa, nos moldes da Olimpíada de Matemática; a garantia de acesso à energia elétrica para todas as escolas públicas; as melhorias no transporte escolar para os alunos residentes em áreas rurais e a qualificação da saúde do estudante são outras ações previstas no PDE.

Na educação profissional, a principal iniciativa do plano é a criação dos institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica, destinados a funcionar como centros de excelência na formação de profissionais para as mais diversas áreas da economia e de professores para a escola pública. Os institutos serão instalados em cidades de referência regional, de maneira a contribuir para o desenvolvimento das comunidades próximas e a combater o problema da falta de professores em disciplinas como física, química e biologia.

O PDE inclui metas de qualidade para a educação básica, as quais contribuem para que as escolas e secretarias de Educação se organizem no atendimento aos alunos. Também cria uma base sobre a qual as famílias podem se apoiar para exigir uma educação de maior qualidade. O plano prevê ainda acompanhamento e assessoria aos municípios com baixos indicadores de ensino.

Para que todos esses objetivos sejam alcançados, é necessária a participação da sociedade. Tanto que ex-ministros da Educação, professores e pesquisadores de diferentes áreas do ensino foram convidados a contribuir na elaboração do plano. Para se resolver a enorme dívida que o Brasil tem com a educação, o PDE não pode ser apenas um projeto do governo federal. Tem de ser um projeto de todos os brasileiros.


Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php


Abro hoje um trabalho de informação sobre leis, projetos, e o funcionamento das instituições escolares. Irei postar semanalmente, artigos, noticias e textos que falem sobre o processo educacional e suas instituições escolares e governamentais, seus planos e projetos. Pretendo com isso, não só mantê-los informados quanto ao funcionamento da mesma, como também levá-los a uma conscientização da importância do conhecimento e da participação de todos no processo educacional e, principalmente, no interesse de todos pela melhoria do mesmo.

Hoje postei um informativo do site do MEC sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), dando início ao nosso debate. Como viram, o PDE é um plano que visa o desenvolvimento educacional a partir da participação de todos. Portanto, participe você também. Faça parte do processo educacional brasileiro e o ajude a melhorar.

Sei que meu texto está parecendo propaganda do governo, mas devemos nos conscientizar de que a educação é o único meio para crescermos, seja como profissional, como pessoa ou como cidadão. Precisamos acordar para a importância da educação e ajudá-la a se desenvolver.

Desculpem-me a demora para fazer uma nova postagem desde a abertura do blog, devido a falta de tempo, mas pretendo não deixar que isso se repita novamente.

Até a próxima...




domingo, 13 de setembro de 2009

Ensino de História


Há muito vem se discutindo nos meios acadêmicos a desvalorização da História no ensino básico. A disciplina de História tinha quatro aulas semanais, mas foi reduzida a apenas duas aulas.

Já pararam pra pensar como é pouco duas aulas para se trabalhar História? Já se perguntaram o que teria levado a isso, a essa desvalorização?

Muitos responderiam a essa questão dizendo q a culpa é dos professores, principalmente os do ensino público, que não se interessam em atualizar seus conhecimentos e suas metodologias de ensino. Em parte, sim. Mas nós que fazemos parte do curso de licenciatura em História, nós que estamos nos formando, e os já formados, já buscamos saber qual a raiz do problema? Ou será que não somos bons o suficente para lecionarmos História? Será que tanto estudo, tanto esforço não serviu para nada?

Em minhas observações ao longo da minha formação em História Licenciatura, percebi que, talvez, a raiz do problema esteja na formação do professor de História. Já observaram que, pelo menos aqui no Rio Grande do Norte, a formação em licenciatura quase não se difere da formação em bacharel? A não ser, claro, pelas pouquissimas quatro disciplinas de Educação e tres estagios (no curriculo novo são quatro) que somos obrigados a pagar. Não esquecendo que não há nenhuma disciplina referente ao ensino de História, nenhuma referencia a sua importância, a não ser, lógico, a importância da pesquisa histórica. Não devemos desprezar esta, mas para um curso de licenciatura, falta enfase neste. E acabamos por sair da universidade licenciados em História, mas com amplo conhecimento em bacharel. Daí eu lhes pergunto: Como é possível sairmos professores de História, se tudo que aprendemos está voltado para o bacharelado? Como o ensino da História pode ser valorizado se o próprio meio academico se esquece de sua importância? Logo ele que bem conhece a longa batalha da História para manter o seu lugar de Ciência Humana dentre as demais ciências humanas?

Pois bem, proponho-me a dar os primeiros passos (lembrando que não sou a primeira a pensar esse assunto) na tentativa de responder essas e outras questões, relacionadas à História ou não, com o intuito de valorizar o ensino de História assim como a educação de um modo geral.

Dando inicio a esse blog, ponho-me a disposição para discutir não só temas de História e educação, mas os mais variados temas. Sejam eles de nível acadêmico ou não, sejam polêmicos ou apenas besteirois.

Fico por aqui nesse nosso primeiro, encontro. Espero que tenham gostado e se interessado pelo tema que melhor discutirei nas proximas postagens.

Até breve...



=D*